Um grupo de servidores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) realizou, nesta quinta-feira (10 de julho) uma visita à antiga sede da Casa Legislativa, um prédio histórico localizado na Avenida 7 de Setembro, no Centro da capital amazonense. O encontro foi marcado por emoção, histórias e uma profunda conexão com o passado da instituição.
A visita partiu da iniciativa dos próprios servidores e contou com o apoio do vereador Mitoso (MDB). O objetivo foi, mais do que revisitar um local emblemático, tratou-se de um momento para valorizar a memória institucional e reforçar a importância da preservação histórica do espaço.
“Essa visita partiu da ideia de que somos servidores antigos e passamos muito tempo nesse prédio, queríamos ver como estava. É a nossa história, não pode se acabar, não pode morrer. A primeira vez [no local] foi muito emocionante, quando subi as escadas vieram muitas lembranças, porque esse local foi palco de muitas lutas, de crescimento profissional. A Câmara deixa marcas na gente, não tem como, mesmo indo para o novo prédio, esse aqui ainda traz muitas lembranças, e isso emociona”, comentou a técnica legislativa Ana Cláudia.
Para o analista legislativo Vicente Jimenez, a experiência foi uma oportunidade singular de reviver momentos importantes da história da CMM.
“Aqui, eu iniciei a minha trajetória como servidor da Câmara em 1977, e hoje é uma grata satisfação estar aqui vivenciando esse momento depois de tanto tempo que passamos nesse prédio. Foi uma época muito boa. Essa pracinha era muito pequena, então todos – servidores e vereadores – se reuniram aqui. Era uma integração”, relembrou.
Originalmente construído para a Companhia de Navegação da Amazônia, em 1877, o edifício foi adaptado para abrigar a CMM e outras instituições, como o Grupo Marechal Hermes e o Colégio Sólon de Lucena. O local funcionou como sede do Legislativo até 2007 após um período de abandono e restauração, foi transformado no Centro de Arqueologia de Manaus (CAM), um espaço dedicado à pesquisa e exposição da arqueologia de Manaus.
“Depois da utilização da Câmara e da Manauscult, o prédio ficou um tempo fechado até ser escolhido para participar do projeto cidades históricas, do Governo Federal. A partir disso, o prédio teve como ideia final ser tornar sede do CAM, um espaço que proporcione o endosso institucional para as obras que são necessárias no âmbito do licenciamento ambiental. O CAM é um suporte para as obras da prefeitura”, informa a arqueóloga Vanessa Benedito.
Texto: Michael Douglas/Dicom
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