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Raiff Matos repudia ação contra ambulantes

Parlamentar cobra respeito e soluções para trabalhadores informais retirados das ruas por fiscais da prefeitura

Parlamentar fez pronunciamento pronunciamento no plenário da Câmara Municipal. - Foto: Jerônimo Garlott

A ação contra vendedores ambulantes no Centro de Manaus, registrada em vídeo que viralizou na segunda-feira (4 de agosto), foi duramente criticada pelo vereador Raiff Matos (PL) durante pronunciamento no plenário da Câmara Municipal de Manaus. A cena mostra fiscais da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc) retirando à força o carrinho de frutas de uma vendedora, que tenta, em vão, impedir a apreensão.

O vereador classificou a ação como “covardia” e cobrou da Prefeitura de Manaus um mínimo de humanidade com quem vive da informalidade para garantir o próprio sustento. “Violência contra trabalhadores não é gestão, é covardia”, disparou.

Raiff lembrou que muitos ambulantes acordam de madrugada, compram produtos – muitas vezes fiado – e vendem na rua para garantir o almoço dos filhos no mesmo dia. “Essas famílias não têm salário fixo no fim do mês. Elas vendem para comer. Manaus precisa de respeito, não de autoritarismo”, afirmou.

Segundo ele, o poder público precisa parar de agir como inimigo dos mais pobres e começar a oferecer caminhos reais para essas pessoas. “Eu espero verdadeiramente que a Prefeitura aponte alternativas para essas famílias. Que exista algum programa social que garanta a comida na mesa de quem perdeu seu carrinho”, cobrou.

A ação que causou indignação faz parte de um mutirão anunciado pelo prefeito David Almeida (Avante) para “melhorar o Centro de Manaus”, com foco no comércio e na preparação para o evento “Passo a Paço 2025”. O que era para ser organização virou repressão, segundo testemunhas que também consideraram o episódio violento.

Essa não é a primeira vez que a prefeitura é criticada por agir com excesso contra ambulantes. Diversos trabalhadores já relataram a apreensão de seus instrumentos de trabalho, que representam sua única fonte de renda. Raiff Matos reforça que esse tipo de postura só agrava o problema da exclusão social e mancha a imagem da gestão.

Texto: Fred Novaes (assessoria de imprensa do parlamentar)

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