Início / Notícias / CMM promulga Lei para o tratamento de esporotricose animal em Manaus

CMM promulga Lei para o tratamento de esporotricose animal em Manaus

A Lei n.º 607/2025 é de autoria do vereador Aldenor Lima e autoriza a aquisição do medicamento Itraconazol de uso humano para tratamento de esporotricose animal

Vereador diz que aprovação do PL é uma vitória para a saúde pública - Foto: Antonio Humberto/Assessoria

A Câmara Municipal de Manaus (CMM) promulgou a Lei n.º 607 de 26 de setembro de 2025, de autoria do vereador Aldenor Lima (União Brasil), que autoriza a aquisição do medicamento Itraconazol, de uso humano, para o tratamento da esporotricose animal, disponibilizado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).

“Há vários estudos científicos que comprovam a eficácia do medicamento de uso humano para o tratamento de esporotricose animal que, hoje, possui casos alarmantes em Manaus. Com essa nova legislação, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) poderá adquirir o medicamento e destiná-lo ao tratamento da doença em animais, dentro de protocolos técnicos e das diretrizes sanitárias”, ressaltou o autor da Lei.

Esporotricose animal

A esporotricose é uma infecção causada por fungos do gênero Sporothrix, presentes de forma natural no solo, nas cascas de árvores e na vegetação em decomposição. Esse fungo pode infectar humanos, gatos, cães e outros mamíferos. É mais comum em felinos por conta do comportamento do animal.

“Vale ressaltar que existe tratamento, mas ele é longo, durando cinco meses ou mais, dependendo da condição do animal. E, uma vez interrompido o tratamento, por falta de medicamento, por exemplo, é necessário iniciar novamente todo o processo. Então, essa Lei é realmente uma vitória para a causa animal e para a saúde pública como um todo”, destacou Aldenor Lima.

Os animais transmitem a doença para humanos e outros animais por arranhaduras, mordeduras, lambeduras ou pelo contato com secreções respiratórias e lesões cutâneas ou nas mucosas. Para prevenir a infecção, recomenda-se que cães e gatos não circularem nas ruas sem supervisão. Isso reduz o risco de exposição ao fungo.

“Estamos falando de uma doença que tem tratamento e que o animal não é o vilão. Portanto, faço um alerta para que os tutores não permitam que seus pets andem soltos sem supervisão e que observem para que em caso de qualquer alteração como vermelhidão em algumas partes do animal ou qualquer outro sintoma, procure orientação de um veterinário ou leve o seu animal ao CCZ para tratamento”, ressaltou o vereador.

Dados

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), divulgou, no dia 27 de maio de 2025, o informe epidemiológico de esporotricose humana e animal.

No Amazonas, de 1º de janeiro a 27 de maio, foram notificados 2.105 casos de esporotricose animal, sendo 1.950 confirmados e 1.071 em tratamento. Foram registradas 855 eutanásias/óbitos.

A maior quantidade de animais é de gatos (97,2%), seguidos de cães (2,8%). Os animais envolvidos são, em maioria (66,6%), machos. Os casos mais frequentes estão em Manaus.

Texto: Saadya Jezine (assessoria de imprensa do parlamentar)

Compartilhe:

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
Share on print
Share on telegram