Em um movimento que destacou a pressão direta da categoria, o vereador Eurico Tavares (PSD) anunciou voto contrário ao Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 08/2025 em segundo turno. A decisão marca uma reviravolta em relação à sua posição inicial e joga luz aos impactos da proposta, apelidada de “PL da Morte” pelos servidores municipais.
De autoria do Executivo, o projeto propõe mudanças profundas no regime previdenciário de Manaus, com efeitos severos sobre as carreiras, especialmente na Educação. A crítica central é o aumento do tempo de contribuição, que pode chegar a sete anos para os professores.
Em discurso no plenário, Tavares foi transparente ao assumir a mudança de seu voto: “Na primeira votação, meu voto foi SIM. Foi um voto de responsabilidade com as contas públicas, guiado por pareceres técnicos e pela necessidade de garantir o pagamento das aposentadorias no futuro”, explicou.
O que mudou seu posicionamento foi o diálogo com os trabalhadores municipais: “Fui ouvir servidor ativo, aposentado, pensionista, professor, profissional da saúde. E ficou muito claro que, do jeito que está, o impacto sobre quem está perto de se aposentar e sobre quem ganha menos é grande demais “, relatou. Esse contato direto evidenciou o caráter excessivamente severo da reforma no formato atual.
Diante da falta de um diálogo mais aprofundado e de um período de transição adequado, Tavares confirmou seu NÃO no segundo turno. O vereador, no entanto, manteve o compromisso de colaborar na construção de uma proposta alternativa que garanta a sustentabilidade do sistema, sem sacrificar aqueles que sustentam os serviços públicos todos os dias.
Texto: Alinne Bindá (assessoria de imprensa do parlamentar)
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