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Elias Emanuel repudia pedido de filmagem de crianças cantando hino sem permissão dos pais

O vereador Elias Emanuel (PSDB), usou a tribuna da Câmara Municipal de Manaus, nesta terça-feira (26/02), para repudiar a carta que o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, enviou as escolas e institutos federais, pedindo aos professores enviassem vídeos ao Ministério da Educação (MEC),  com os estudantes repetindo o slogan da campanha do presidente Jair Bolsonaro.

“Eu fiquei verdadeiramente assustado com o comunicado enviado as escolas. Valorizar os símbolos nacionais é mais do que tarefa do governo, mas patrulhamento das crianças e professores, não. O ministro que faz um comunicado desse, desconhece o Estatuto da Criança e do Adolescente, uma vez que as imagens jamais podem ser feitas sem a autorização dos pais”, criticou Elias Emanuel.

O Ministério da Educação enviou um e-mail para as escolas do país pedindo a leitura de uma carta do ministro e orientando que, depois de lido o texto, os responsáveis pelas escolas executassem o Hino Nacional e filmassem as crianças durante o ato.

Elias Emanuel relembrou os tempos de estudante, quando cantava o Hino Nacional perfilado com os demais alunos e disse concordar com essa orientação como forma de resgate aos símbolos nacionais. Entretanto, criticou de forma intensa o ato doutrinatório, ao pedir que esses momentos sejam gravados e enviados ao ministério.

O parlamentar citou ainda o pedido de desculpas divulgado pelo ministro, no dia seguinte ao envio da carta e reprovou os últimos discursos de Ricardo, que condenou os brasileiros ao dizer que são canibais e ladrões.

“Agora ele vem a público pedir desculpas e dizer que errou e errou mesmo, ao dizer que brasileiro rouba até salva-vidas de avião, que são canibais. Que ministro da educação é esse que o Brasil ganhou? Quando você representa um governo, você não pode falar de forma individual e pedir desculpas no dia seguinte como se nada tivesse acontecido”, destacou.

O vereador concluiu seu discurso dizendo que essa carta só mostra que o MEC não tem um projeto para enfrentar os reais problemas da educação e que é mais fácil trabalhar as aparências.

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