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Professor Samuel emite nota de solidariedade ao Povo Yanomami, após sumiço de comunidade em RR

O Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Povos Indígenas e Minorias, da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Professor Samuel (PL) emitiu uma nota de solidariedade ao Povo Yanomami, da aldeia ianomâmi Aracaçá, na região Waikás, em Roraima, que estão desaparecidos após denunciarem o estupro e assassinato de uma menina indígena por garimpeiros ilegais

Por meio da nota, o parlamentar repudia toda e qualquer prática violenta contra aos povos indígenas. “Me solidarizo com os parentes Yanomami e demais povos originários. O garimpo ilegal, desmata nossas florestas e hoje em um ato desumano destrói uma comunidade inteira, deixando a nós o questionamento: Onde estão os Yanomami?”, ressaltou Samuel.

O vereador que é autor da lei municipal que instruiu a Semana da Valorização da Cultura Indígena relembrou as comemorações da data ressaltando a importância de preservar as raízes do Brasil não somente em datas simbólicas, mas com proteção e no caso especifico com justiça.

“Há poucas semanas, tivemos inúmeras comemorações pela passagem do Dia dos Povos Indígenas e da Semana Municipal dos Povos Indígenas, e hoje passamos por mais um momento de incerteza da proteção aos povos originários brasileiros, eles são nossa gente. Os guardiões da Floresta estão deixando as suas casas para não serem incinerados junto com os seus valores. Nunca é tarde para gritarmos à resistência e renovarmos no peito o ímpeto por justiça. Mesmo sabendo que a Lei Divina opera, implacável e soberana!”, finalizou.

O caso

No último dia 25, os indígenas Yanomamis, da aldeia ianomâmi Aracaçá, na região Waikás, em Roraima, denunciaram o estupro de uma menina de 12 anos, que teria morrido, e o sumiço de uma criança de 3 anos, após um ataque de garimpeiros ilegais.

Após a denúncia, a Polícia Federal foi até a comunidade para apurar o ocorrido, mas não encontrou vestígios do crime. A comunidade de Aracaçá, no entanto, foi encontrada vazia e uma das casas estava queimada.

Segundo o Condisi-YY, é comum que após a morte de um ente querido, os indígenas deixem suas casas e procurem outro lugar para viver. A PF informou que continua a investigação. A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal formou um grupo para acompanhar as medidas contra o garimpo ilegal na região. E a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (03/5), a criação de um grupo de trabalho para acompanhar a situação dos povos indígenas.

O relatório “Yanomami sob ataque”, da Hutukara Associação Yanomami (HAY), divulgado em abril, a região de Aracaçá registrou o maior avanço de garimpo ilegal. Segundo os dados, em 2021 o garimpo ilegal avançou 46% — em comparação com 2020 — nas terras ianomâmis.

Texto e foto: Paula Christina – Assessoria de Comunicação do vereador

 

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