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Zé Ricardo cobra da Prefeitura de Manaus políticas públicas de acessibilidade diante de cenário crítico vivido por pessoas com deficiência

Vereador reafirmou que continuará cobrando ações concretas em prol dos PcDs

Vereador reafirmou que continuará cobrando ações concretas em prol dos PcDs. - Foto: Divulgação/Assessoria

Na data em que se comemora o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3 de dezembro), o vereador Zé Ricardo (PT) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM) para cobrar da prefeitura a implementação urgente de políticas públicas de acessibilidade, mobilidade e inclusão para pessoas com deficiência (PcDs). O parlamentar destacou que a cidade vive um quadro “grave e estrutural” de abandono no que diz respeito às condições mínimas de circulação e autonomia desse público.

Dados mais recentes reforçam a urgência de medidas para acessibilidade. Segundo o Censo 2022 do IBGE, o Amazonas tem 266.814 pessoas com algum tipo de deficiência, o equivalente a 7,01% da população do estado. Em Manaus, o percentual é ainda maior: 7,4%, somando 147.873 pessoas com deficiência.

Esses números, segundo Zé Ricardo, demonstram que não se trata de uma minoria invisível ou residual, mas de dezenas de milhares de cidadãos que dependem de políticas públicas efetivas em mobilidade, saúde, educação, trabalho e infraestrutura urbana.

“Uma cidade com quase 150 mil pessoas com deficiência não pode continuar sendo planejada como se esse público não existisse. É dever do poder público garantir acessibilidade, dignidade e autonomia para todos”, afirmou o vereador.

Ele lembrou que, a pesar do número expressivo de pessoas com deficiência, Manaus segue entre as capitais com piores indicadores de acessibilidade do país. Apenas 5,6% dos moradores do Amazonas vivem em ruas com rampas para cadeirantes, o menor índice entre todos os estados do Brasil. Em Manaus, estima-se que 75,38% da população, cerca de 1,5 milhão de pessoas, viva em áreas sem rampas acessíveis. E que, aproximadamente 366 mil moradores vivem em ruas sem calçadas. Em 74,3% dos logradouros urbanos há obstáculos graves, como buracos, postes, lixo, entulho ou interrupções, que prejudicam severamente a circulação, especialmente para cadeirantes, idosos e pessoas com mobilidade reduzida.

Para Zé Ricardo, os dados mostram que não se trata de falhas pontuais, mas de um problema estrutural. “É inadmissível que uma capital do porte de Manaus mantenha pessoas com deficiência reféns da falta de acessibilidade. Isso viola direitos fundamentais e impede milhares de manauaras de exercerem plenamente sua cidadania.”

A falta de acessibilidade não é apenas um transtorno cotidiano, mas causa impactos profundos, como: restringir o direito de ir e vir, comprometendo a autonomia; prejudica o acesso a serviços essenciais saúde, educação, assistência, transporte; gera exclusão social, isolamento e dependência constante de terceiros; e fere leis nacionais e internacionais que garantem acessibilidade e inclusão à pessoa com deficiência.

O parlamentar enfatizou que não se trata de privilégios, mas de direitos e reforçou que a pauta da acessibilidade deve ser tratada com prioridade absoluta.

“As pessoas com deficiência não pedem favores. Elas exigem o que já está garantido por lei e por dignidade. São 147 mil manauaras com deficiência, a maioria vivendo em ruas sem rampas, sem calçadas adequadas ou cheias de obstáculos. Uma cidade não pode se dizer desenvolvida enquanto mantém essa realidade”, disse, reafirmando que continuará cobrando ações concretas da prefeitura em prol dos PcDs.

Texto: Jane Coelho (assessoria de imprensa do parlamentar)

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