Cel. Gilvandro Mota explica eficiência da taxa do lixo
Diante da grande repercussão envolvendo a
taxa do lixo, que voltará a ser cobrada pela Prefeitura de Manaus a partir de
junho, o vereador Coronel Gilvandro Mota (PTC) usou a tribuna do plenário da
Câmara Municipal de Manaus (CMM), para explicar a eficiência da taxa, que é
recolhida em mais da metade dos municípios brasileiros. A taxa de Resíduos
Sólidos Domiciliares foi criada durante a gestão do ex-prefeito Amazonino
Mendes (PDT), em 2010, e contestada ao Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM),
por meio de ações diretas de inconstitucionalidade.
Para o vereador, ninguém quer pagar
tributos, e é complicado falar disso, mas é um assunto necessário. “Manaus
clama por melhorias nas suas ruas, em suas comunidades e a gente só pode fazer
isso com dinheiro. Manaus hoje tem uma austeridade fiscal, que poucos
municípios no Brasil têm. Mas não tem capacidade financeira para atender as
demandas dessa cidade gigante com mais de dois milhões de habitantes. Portanto
eu acredito que nós temos que gastar o dinheiro do povo com o povo”, destacou.
“O dinheiro público deve ser gasto nos
serviços que constituem as principais demandas da população. Mas o lixo que
você produz, você tem que pagar por ele. O que não dá é para pegar o dinheiro
de todos e pagar pelo lixo que outra pessoa produziu além da conta. Tem que
haver um equilíbrio", explicou o parlamentar. Ele destacou ainda que as
pessoas devem pagar pelo lixo que elas estão produzindo, para que o tributo
possa ser destinado às questões mais essenciais, às demandas mais urgentes da
coletividade, como saúde, educação e principalmente a infraestrutura da cidade.
“Nós temos os melhores resultados na
cidade de Manaus avançamos de forma clássica e categórica na educação.
Avançamos na questão da saúde, com mais de 60% de cobertura, com uma equipe de
médico da família para cada três mil moradores. Melhoramos a nossa
infraestrutura e hoje nós temos 70% do nosso sistema viário organizado. Nós não
tínhamos isso, isso aumentou e isso tem custo. Mas não se pode gastar R$ 200
milhões que nós arrecadamos com o IPTU, com o lixo dos outros”, disse
Gilvandro.
Para Gilvandro, o papel do vereador é exatamente
o de propor sugestões, assessorar e fazer indicações ao prefeito, apresentar
soluções fáceis e criticar não contribui com a melhoria e o desenvolvimento da
cidade. "Nós sabemos que temos uma carga tributária excessiva no Brasil,
que inviabiliza o país, mas esse dinheiro não fica aqui, esse dinheiro é
utilizado pelo Governo Federal, para pagar a dívida pública, que consome algo
equivalente a R$ 400 bilhões, só de juros. Isso deixa Municípios e Estados sem
os recursos necessários para investir nas demandas da população",
declarou.
Consciência Ambiental
O parlamentar também acredita que essa taxa pode
ajudar na conscientização das pessoas a cerca da produção do lixo. "Você
vai mudar inclusive o hábito. Quando for comprar um sapato, por exemplo, você
sabe que vai pagar pela caixa que virará lixo, logo já não leva a caixa, só leva
o sapato. Vai evitando embalagens, mudando hábitos, criando novas formas de
consumo", destacou. Ele acredita que pessoas que ainda jogam lixos nas
ruas e igarapés, devem ser punidas e autuadas, para evitar que essa prática se
espalhe na cidade de Manaus.
Projeto de Lei Aprovado na CCJ
Ainda nesta segunda-feira, (11/2) foi aprovado na
Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), um projeto de lei de autoria
do Cel. Gilvandro Mota (PTC), que institui a Semana Municipal do Uso Racional
de Medicamentos no Município de Manaus, a ser realizada anualmente na semana do
dia 05 de maio, com objetivo de incentivar estudos de experiências inovadoras
na área, conscientizar a população sobre
os riscos da automedicação e a importância do uso racional de medicamentos. O
projeto foi aprovado por unanimidade e seguirá para a 3ª Comissão de Finanças,
Economia e Orçamento.
Texto: Assessoria do Vereador Gilvandro Mota
Foto: Aguilar Abecassis
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11.03.19 17:12h